Todo o ano, a Feira Internacional de Ciências e Engenharia
(Intel ISEF) revela futuros talentos e descobertas. Em 2012, uma pesquisa em
especial chamou a atenção dos jurados: uma técnica que detecta precocemente o
câncer pancreático, de ovário e pulmão.
Incentivado pela morte de uma pessoa muito próxima devido a
um câncer de pâncreas, o estudante de 15 anos (16 atualmente) Jack Andraka, de
Crownsville, Maryland, começou a pesquisar sobre a doença, mais precisamente
seus diagnósticos precoces. O que era apenas um interesse, entretanto, acabou
lhe rendendo o maior prêmio da feira: o Gordon E. Moore.
O método, que consiste em um sensor não invasivo feito de
papel, é 168 vezes mais rápido que os aparelhos usados atualmente, fornece
resultados 90% mais precisos, 400 vezes mais sensíveis e 26 mil vezes mais
baratos. O custo é de três centavos de dólar e o resultado chega em menos de
cinco minutos.
O sensor pode testar urina ou sangue e, se o resultado for
positivo para a proteína mesotelina, indica que o paciente é portador da
doença. A tira também muda conforme a quantidade da proteína no sangue, o que
pode, de acordo com Andraka, detectar o câncer antes mesmo dele se tornar
invasivo.
— É crucial detectar esses tipos de doença em seus estágios
iniciais, pois as probabilidades de vida são muito maiores — explica.
O prêmio de US$ 75 mil, arrematado pelo garoto, será
utilizado para custear a faculdade. Andraka está, ainda, com um pedido pendente
de patente e considerando abrir a sua própria empresa.
Sobre o câncer de pâncreas
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), pelo fato de
ser de difícil detecção, o câncer de pâncreas apresenta alta taxa de
mortalidade, por conta do diagnóstico tardio e de seu comportamento agressivo.
No Brasil, é responsável por cerca de 2% de todos os tipos
de câncer diagnosticados e por 4% do total de mortes por essa doença.
Fonte: ZeroHora
0 comentários:
Postar um comentário
Deixe sua sugestão, dúvida ou crítica, que servirá para a melhora do blog, e gostando, curta e/ou siga o blog...