Vidas Exóticas:
Cientistas norte-americanos conseguiram pela primeira vez
construir ribossomos em laboratório.
Os ribossomos são estruturas responsáveis por gerar todas as
proteínas e enzimas em nossos corpos.
O feito, que promete levar ao desenvolvimento de novos
antibióticos, também poderá ajudar a fabricar proteínas modificadas, diferentes
das existentes na natureza.
Segundo o grupo, eles ajustaram seus ribossomos artificiais
para "produzir novas proteínas, com funções exóticas, que seria difícil,
se não impossível, de serem fabricadas em organismos vivos."
Essa área de pesquisas, sempre envolta em controvérsias e
discussões éticas, é conhecida como biologia sintética:
Como evitar um desastre na Biologia Sintética
Michael Jewett (Universidade Northwestern) e George Church
(Universidade de Harvard) adotaram uma técnica de tentativa e erro, algo como
fazer um bolo sem saber a receita.
"Nossa abordagem é um esquema de síntese 'tudo na mesma
panela', em que jogamos genes que codificam o RNA ribossomal, proteínas
naturais e enzimas adicionais de uma célula de E. coli, tudo num tubo de
ensaio, e isto leva à construção de um ribossoma," disse Jewett.
Segundo ele, o feito é importante na busca de capacitação
para criar novas formas de vida em laboratório.
Estrutura do ribossomo
Colocar "tudo na mesma panela" e ver o que
acontece pode ter dado seus resultados, mas ainda é essencialmente um processo
sem controle, em que as virtuais "novas formas de vida" emergirão
quase ao acaso.
Mas a falta de conhecimento básico sobre o próprio ribossomo
pôde ser vista com a publicação de um outro estudo, praticamente no mesmo dia
do anúncio do ribossomo sintético, na revista Science.
Jamie Cate e seus colegas dos Laboratórios Berkeley (EUA)
divulgaram a primeira imagem de um ribossomo com resolução atômica.
Segundo o grupo, esta é a primeira vez que se vê a estrutura
átomo por átomo de um ribossomo ligado à molécula que controla seu movimento.
O grande interesse nestas pesquisas é que o estudo da
estrutura do ribossomo de bactérias pode levar ao desenvolvimento de novos
antibióticos - na eventualidade de mostrar alguma "fraqueza" que
possa ser alvejada por moléculas específicas.
"Quanto melhor nós entendermos como os ribossomos
bacterianos funcionam, mais nós poderemos encontrar formas novas de interferir
com eles," disse Cate.
Fonte: Diário da Saúde
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