São Paulo, 17 de setembro de 2012
Um novo medicamento biológico para o controle do colesterol, ainda em
fase de testes, se apresenta como o mais promissor recurso descoberto
desde as estatinas. A substância que pode fazer essa revolução é uma
molécula nova, ministrada na forma injetável, com periodicidade
quinzenal ou mensal.
Os resultados foram publicados em julho pela conceituada revista
científica “Lancet”. Os cientistas promoveram testes em cerca de mil
pacientes e a injeção conseguiu reduzir em até 72% o LDL, abreviação das
iniciais de low density lipoprotein, ou proteína de baixa densidade. O
LDL é o chamado “colesterol ruim”, vilão das doenças cardíacas e da
alterosclerose. Tem em sua composição 45% de puro colesterol e no seu
trajeto pela corrente sanguínea vai se depositando na parede das
artérias.
O trabalho comparou indivíduos saudáveis que tomaram a injeção
anticolesterol com portadores da forma genética da doença em tratamento
com estatinas e ezetimiba (medicamento que ajuda na diminuição do
colesterol com a absorção do LDL no intestino) por quatro meses.
A injeção é inovadora em vários sentidos. Primeiro, porque atua por
caminhos diferentes das estatinas, que contêm as taxas de gordura no
sangue, inibindo a sua produção no fígado. A molécula bloqueia a
atividade de uma enzima natural do corpo chamada PCSK9.
Essa enzima destrói os receptores de LDL no sangue, cuja função é
retirar o excesso de colesterol ruim em circulação, como ficou
demonstrado por estudos publicados nos últimos dez anos pela revista
científica “New England Journal of Medicine”.
Com o avanço das pesquisas, os cientistas encontraram mais alterações
na mesma enzima capazes de gerar baixas concentrações de LDL no sangue e
de ligá-la aos casos de hipercolesterolemia familiar. São situações em
que membros de diversas idades de famílias inteiras convivem com
elevadíssimas taxas de colesterol.
No próximo ano, dezenas de milhares de pessoas serão submetidas ao
uso experimental do novo remédio. Seis grandes empresas farmacêuticas
multinacionais estão acelerando o planejamento dos seus testes de fase
três, que comprovam a eficácia e a segurança do medicamento em
populações maiores. Elas disputam qual chegará primeiro ao mercado com o
novo remédio.
Hoje o tratamento para o colesterol alto passa necessariamente pelas
estatinas, quando o controle não é conseguido com mudanças no estilo de
vida. O problema é que pouca gente consegue mudar a dieta, parar de
fumar e adotar um programa de exercícios semanais, que são as primeiras
recomendações dos médicos a quem começa a mostrar alterações no LDL.
Embora seja a arma mais eficaz encontrada até hoje, as estatinas têm
sido alvo de duras críticas por seus efeitos colaterais, como perda de
memória e fadiga muscular. Outro efeito indesejado é um incremento na
produção da enzima que destrói os receptores de LDL, responsáveis pela
remoção do mau colesterol. A nova injeção combate justamente essas
enzimas.
Para a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o colesterol total não
deve ultrapassar 200 mg/dl. Níveis entre 200 e 240 mg/dl já são elevados
e merecem atenção. Acima desses valores, são preocupantes. O colesterol
em taxa elevadas atinge cerca de 40% da população mundial e contribui
para 56% dos casos de óbitos por doenças coronárias, segundo a
Organização Mundial de Saúde (OMS).
Educação em Saúde
Educação em Saúde
A falta de orientação é um dos principais obstáculos a prevenção de
doenças crônicas, a exemplo do colesterol alto. Por isso, o CRF-SP, por
meio do Programa de Educação em Saúde, capacita o farmacêutico e
disponibiliza para download o material necessário para a realização de
campanhas de educação em saúde em estabelecimentos farmacêuticos.
A realização do Programa de Educação em Saúde, além de ser um
estímulo ao trabalho do farmacêutico como profissional e educador em
saúde e proporcionar um maior esclarecimento à população, tende a
auxiliar o serviço público de saúde a minimizar custos com internações.
Clique aqui e tenha acesso ao folheto do CRF-SP sobre o colesterol alto
Carlos Nascimento
Assessoria de Comunicação CRF-SP
(Com informações da Revista IstoÉ)
Assessoria de Comunicação CRF-SP
(Com informações da Revista IstoÉ)
Fonte: CRF-SP
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