Medicamentos e outros 
produtos adquiridos pelo governo para uso no Sistema Único de Saúde 
(SUS) deverão ser identificados para impedir que sejam vendidos 
ilegalmente. É o que prevê projeto de lei da senadora Vanessa Grazziotin
 (PCdoB-AM), aprovado nesta quarta-feira (20) pela Comissão de Assuntos 
Sociais (CAS).
Como o relator, senador 
Romero Jucá (PMDB-RR) apresentou um substitutivo – nova redação que 
substitui a original – o projeto (PLS 55/2012) será examinado pela 
comissão em turno suplementar.
De acordo com o texto 
aprovado, a forma de identificação dos medicamentos, materiais e 
equipamentos médico-hospitalares e odontológicos adquiridos com recursos
 públicos será definida em regulamento específico. Antes o texto 
original orbigava a impressão, nas embalagens desses produtos, da 
advertência e informação: “Venda proibida. Produto de uso exclusivo do 
setor público”. Apesar de já haver regulamentação do SUS sobre a medida,
 a autora considera importante que a determinação esteja prevista em 
lei.
Na avaliação do senador 
Romero Jucá, o projeto vai contribuir para o combate ao desvio de 
medicamentos do SUS, um dos grandes problemas enfrentados pela saúde 
pública, segundo ele. O desafio, agora, disse o relator, é obrigar 
também estados e municípios a adotarem a identificação nos produtos 
adquiridos com recursos públicos.
A senadora Vanessa 
Grazziotin elogiou o substitutivo de Romero Jucá, que modifica a lei de 
licitações (lei 8.666/93) para acrescentar a obrigatoriedade de 
identificação dos bens adquiridos nas compras de medicamentos e produtos
 para a saúde, destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta 
original previa que a determinação fosse incluída na Lei Orgânica da 
Saúde (lei nº 8.080/1990).
Na avaliação do senador 
Paulo Davim (PV-RN), a exigência vai originar um processo de moralização
 com relação às compras e controle de estoques de medicamentos e insumos
 da área da saúde. Ao aprovar a matéria, ressaltou Davim, o Senado 
oferece contribuição importante para combater os desvios, que se 
constituem “uma grande mazela do serviço público”. Também o senador 
Cícero Lucena (PSDB-PB) observou que há uma “indústria de desvio de 
medicamentos” no país.
O senador Wellington Dias
 (PT-PI) observou que além das irregularidades na distribuição dos 
medicamentos do SUS, muitas vezes, com a conivência do gestor público, 
existem ainda assaltos durante o transporte das cargas e furtos quando 
armazenados. Esses atos, explicou, acontecem justamente pela facilidade 
de comercialização desses produtos.
Fonte: Agência Senado
 
 
 

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